15 de fevereiro de 2010

a procura/à procura

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Em algum momento, você vai ter que parar. Não parar – nunca – é um artifício interessante para não ter que pensar. Pensar dói. Naturalmente, evitamos o sofrimento. Até o dia em que o subterfúgio se torna mais doloroso do que a verdade implícita.

Pare. Respire. Ok, você não vai se matar. Mas dá medo. Você telefona, toma banho, toca violão, bebe água, cozinha, liga a tv sem som, tenta dormir. Dormir é a parte mais difícil. Para dormir é preciso parar de pensar. E você não quer mais fazer isso. Você não pode...

Conversar talvez não seja a melhor saída. É difícil explicar o que você não entende. Pare. Pense. Não, é melhor não sair hoje. Não, eu não quero gelo e limão. Uma água com gás, por favor.

Você sabe mesmo para onde está indo? Ok. Então, pare, pense, pense, pense, pense...

Em algum momento.



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