_______________________________________________________________________________________
- sinto saudades de posts.
- pensei muito nisso hoje. vivi muito, escrevi pouco. tenho conversado infinitamente sobre o que penso. mas perdi a vontade de escrever. talvez porque o que eu realmente queria com o blog era alguém pra ouvir os devaneios que eu tinha pra dizer.
- e achou essa pessoa?
- não uma. várias. adequadas a cada momento. ou assunto.
- que bom então. queria pessoas assim também.
- eu achei quando parei de procurar. na verdade, acho que parei de procurar alguém com quem eu pudesse falar e comecei a ouvir. e acabei - acidentalmente - abrindo as portas para refletir, compartilhar e falar tudo o que eu tinha pra dizer.
no fim, todos desejam ser ouvidos...
_______________________________________________________________________________________
23 de dezembro de 2010
30 de outubro de 2010
just let him go...
_______________________________________________________________________________________
B: Then look down deep, into the soul I know you have, and tell me if what you feel for me is real, or if it's just a game. If it's real, we'll figure it out...all of us. But if it's not, then please Chuck, just let me go.
C: It's just a game. I hate to lose. You're free to go.
B: Thank you.
S: Chuck, why did you just do that?!
C: Because I love her... And I can't make her happy.
GG
Ok, agora temos duas pessoas profundamente infelizes...
_______________________________________________________________________________________
B: Then look down deep, into the soul I know you have, and tell me if what you feel for me is real, or if it's just a game. If it's real, we'll figure it out...all of us. But if it's not, then please Chuck, just let me go.
C: It's just a game. I hate to lose. You're free to go.
B: Thank you.
S: Chuck, why did you just do that?!
C: Because I love her... And I can't make her happy.
GG
Ok, agora temos duas pessoas profundamente infelizes...
_______________________________________________________________________________________
19 de julho de 2010
aqui, ali
_______________________________________________________________________________________
Estar em casa me faz pensar em você. Mas não daquele jeito bobo e sentimental - apaixonado. Penso em você enquanto alguém que não está mais aqui. Passei um bom tempo tentando me lembrar das coisas que aconteceram naquela época, algo que explicasse como isso tudo foi acontecer. E é óbvio que eu não encontrei a resposta.
A primeira reação foi tentar colocar a culpa em você. “Somos muito diferentes”. Tentei culpar seus ideais, suas mágoas antigas e seu medo quase irracional de me deixar entrar na sua vida. Depois, culpei a mim mesma. Talvez eu tenha exigido demais de você. Não fui capaz de entender que não demonstrar não é o mesmo que não sentir. E você demonstrou - do seu jeito, quando eu não estava mais ali pra ouvir...
E, então, me senti de novo como da última vez em que você me trouxe (e eu saí do carro sem me despedir e entrei em casa sem olhar pra trás). O coração saltando no peito, forte, rápido. Aquele peso no estômago que te faz se encurvar, numa tentativa inconsciente de se proteger sabe Deus do quê. E depois o vazio – a nítida sensação de que você perdeu algo que estava ali, dentro de você.
O problema é que eu me acostumei a pensar que você sempre estaria aqui. Eu tinha certeza de que toda vez que eu voltasse, poderia te chamar pra tomar um café ou assistir a um filme bobo em uma terça-feira fria. O problema é que dessa vez você não está aqui. E eu me pego pensando se eu deveria mesmo ter deixado você partir.
_______________________________________________________________________________________
Estar em casa me faz pensar em você. Mas não daquele jeito bobo e sentimental - apaixonado. Penso em você enquanto alguém que não está mais aqui. Passei um bom tempo tentando me lembrar das coisas que aconteceram naquela época, algo que explicasse como isso tudo foi acontecer. E é óbvio que eu não encontrei a resposta.
A primeira reação foi tentar colocar a culpa em você. “Somos muito diferentes”. Tentei culpar seus ideais, suas mágoas antigas e seu medo quase irracional de me deixar entrar na sua vida. Depois, culpei a mim mesma. Talvez eu tenha exigido demais de você. Não fui capaz de entender que não demonstrar não é o mesmo que não sentir. E você demonstrou - do seu jeito, quando eu não estava mais ali pra ouvir...
E, então, me senti de novo como da última vez em que você me trouxe (e eu saí do carro sem me despedir e entrei em casa sem olhar pra trás). O coração saltando no peito, forte, rápido. Aquele peso no estômago que te faz se encurvar, numa tentativa inconsciente de se proteger sabe Deus do quê. E depois o vazio – a nítida sensação de que você perdeu algo que estava ali, dentro de você.
O problema é que eu me acostumei a pensar que você sempre estaria aqui. Eu tinha certeza de que toda vez que eu voltasse, poderia te chamar pra tomar um café ou assistir a um filme bobo em uma terça-feira fria. O problema é que dessa vez você não está aqui. E eu me pego pensando se eu deveria mesmo ter deixado você partir.
_______________________________________________________________________________________
13 de junho de 2010
tá bom. senta lá, cláudia.
_______________________________________________________________________________________
A gente vive lendo e ouvindo por ai que é necessário se arriscar mais, dar vazão aos sonhos e desejos, se dar o direito de viver. Dizem-nos que o medo apenas nos distancia das oportunidades. Convencem-nos de o segredo é não nos protegermos tanto...
Ok. E o que eles vão dizer agora quando, ao sair da fortaleza que me mantinha livre dos perigos, ganho de presente uma coleção de frustrações e mágoas. Cadê todo mundo agora pra me dizer que a beleza da vida está nas emoções vividas? As marcas que as tão propagandeadas experiências deixaram em mim são apenas cicatrizes feitas pelos cacos dos sonhos que deixei cair.
No fim, todos os filósofos, todos os poetas, todos os românticos incuráveis e todos os palpiteiros de plantão sucumbem diante da incomoda realidade: na vida real, abrir os braços e se permitir voar pode sim proporcionar fortes e inesquecíveis emoções, mas também te garante uma bela de uma queda.
_______________________________________________________________________________________
A gente vive lendo e ouvindo por ai que é necessário se arriscar mais, dar vazão aos sonhos e desejos, se dar o direito de viver. Dizem-nos que o medo apenas nos distancia das oportunidades. Convencem-nos de o segredo é não nos protegermos tanto...
Ok. E o que eles vão dizer agora quando, ao sair da fortaleza que me mantinha livre dos perigos, ganho de presente uma coleção de frustrações e mágoas. Cadê todo mundo agora pra me dizer que a beleza da vida está nas emoções vividas? As marcas que as tão propagandeadas experiências deixaram em mim são apenas cicatrizes feitas pelos cacos dos sonhos que deixei cair.
No fim, todos os filósofos, todos os poetas, todos os românticos incuráveis e todos os palpiteiros de plantão sucumbem diante da incomoda realidade: na vida real, abrir os braços e se permitir voar pode sim proporcionar fortes e inesquecíveis emoções, mas também te garante uma bela de uma queda.
_______________________________________________________________________________________
22 de maio de 2010
promessa
____________________________________________________
"Dessa vez eu vou tentar sorrir
nem que seja só pra constatar que eu não consegui."
____________________________________________________
"Dessa vez eu vou tentar sorrir
nem que seja só pra constatar que eu não consegui."
____________________________________________________
18 de maio de 2010
10 de abril de 2010
confissões
____________________________________________________
Confessei ter me cansado do blog.
Confessei ter perdido a mão.
Confessei a culpa por tê-lo tornado (apenas) óbvio e um tanto menos utópico.
Que seja! Ainda que a forma tenha perdido seus atrativos e a dona o ímpeto juvenil de escrever, ele ainda fala do que é menos óbvio na vida: viver.
____________________________________________________
Confessei ter me cansado do blog.
Confessei ter perdido a mão.
Confessei a culpa por tê-lo tornado (apenas) óbvio e um tanto menos utópico.
Que seja! Ainda que a forma tenha perdido seus atrativos e a dona o ímpeto juvenil de escrever, ele ainda fala do que é menos óbvio na vida: viver.
____________________________________________________
toma o teu e voa mais
____________________________________________________
A luz do sol refletida na vitrine. O som difuso dos passos apressados e das conversas casuais. O calor de um dia de outono aquecendo as almas sentadas nos bancos da praça. Essa sensação estranha de plenitude e força. A crença sutil de que algo realmente bom pode realmente acontecer.
Entender o tempo como a vida em plenitude e não pressuposto para um futuro melhor. O excesso de objetivos coloca o foco da existência em conquistas remotas e nos afasta da glória das vitórias cotidianas. Coagidos a pensar no futuro como uma entidade suprema, nos esquecemos que o hoje também foi futuro um dia. O tênue equilíbrio entre erguer alicerces e mergulhar na formidável experiência de apenas viver.
No fim, a curiosa impressão de que quanto menos eu me preocupo com os meus sonhos e desejos mais eles parecem possíveis de acontecer.
____________________________________________________
A luz do sol refletida na vitrine. O som difuso dos passos apressados e das conversas casuais. O calor de um dia de outono aquecendo as almas sentadas nos bancos da praça. Essa sensação estranha de plenitude e força. A crença sutil de que algo realmente bom pode realmente acontecer.
Entender o tempo como a vida em plenitude e não pressuposto para um futuro melhor. O excesso de objetivos coloca o foco da existência em conquistas remotas e nos afasta da glória das vitórias cotidianas. Coagidos a pensar no futuro como uma entidade suprema, nos esquecemos que o hoje também foi futuro um dia. O tênue equilíbrio entre erguer alicerces e mergulhar na formidável experiência de apenas viver.
No fim, a curiosa impressão de que quanto menos eu me preocupo com os meus sonhos e desejos mais eles parecem possíveis de acontecer.
____________________________________________________
7 de abril de 2010
the years between us
____________________________________________________
What does it mean to regret when you have no choice?
Laura Brown - The Hours
____________________________________________________
What does it mean to regret when you have no choice?
Laura Brown - The Hours
____________________________________________________
5 de abril de 2010
desventura
____________________________________________________
Sim, afligia muito querer e não ter. Ou não querer e ter. Ou não querer e não ter. Ou querer e ter. Ou qualquer outra enfim dessas combinações entre os quereres e os teres de cada um.
Caio Fernando Abreu - Depois de Agosto
____________________________________________________
Sim, afligia muito querer e não ter. Ou não querer e ter. Ou não querer e não ter. Ou querer e ter. Ou qualquer outra enfim dessas combinações entre os quereres e os teres de cada um.
Caio Fernando Abreu - Depois de Agosto
____________________________________________________
Assinar:
Postagens (Atom)